Cinco minutos, por favor. Mas uns cinco minutos, não muito. Esvai-se lentamente o calor da cama, o escuro me chama, só mais uns instantes. Pouco tempo eu preciso, talvez mais umas horas. Não quero ir embora, o mundo é assustador, e minha cama, protetora.
Deixe-me em paz, responsabilidade. Todos os dias religiosamente me acordas, e me moves em direção a meus objetivos. Mas não hoje. Estás de folga, por favor, já trabalhaste demais. Hoje não quero pensar, ou talvez pensar demais somente no sentido da vida.
E eu nem sou dessas certinhas, tu sabes. Mas preciso do meu fugaz momento de rebeldia, simplesmente me desligar do mundo, pois que sou antes de tudo, minha. Isso mesmo. Permita que eu desfrute da minha própria companhia? Preciso conversar um pouco comigo mesma, por favor.
E te prometo, amanhã receber-te-ei de braços abertos, e oferecer-lhe-ei chá e café e o que mais convir. Mas hoje, com todo o respeito, vá catar coquinho. Sua presença não é desejada. Olhe, desculpe minha grosseria, mas que inferno. Tenho pensado muito, e és muito ciumenta. Requeres minha atenção e foco e energia somente a teu bel prazer, e quer saber? Que se dane.
Hoje não vou sair da cama, vou sonhar e sonhar e sonhar. Vou me olhar no espelho e me permitir sentir prazer com isso, sem me importar se estou ficando velha ou se o imposto está atrasado. Vou pensar em como salvar o mundo, construir pensamentos profundos, deixarei de ser submissa. Cantarei com toda a garganta e vergonha nenhuma de ser flagrada. Hoje vou procurar o segredo da paz. Tenho pensado muito, responsabilidade, e hoje, eu quero ser muito mais.
Oi Mallú,
ResponderExcluiramei o texto! Você realmente tem talento para escrita!
Bjs
Adorei o texto, parabéns! *-*
ResponderExcluirBj;*
Naty.
Lindo!
ResponderExcluirParabéns, beijos
Blanc
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