O primeiro dia de aula da sra. Stewart

- A partir de hoje, em todas as aulas, quero que escrevam histórias, contando sobre a vida de vocês, o que fazem, o que gostam, etc. Quinze linhas já são o suficiente. Entenderam?
Todos estavam olhando para sra. Stewart sem nenhuma reação. Parecia que era uma super-heroína. Será alguma zoação de sua parte?
- Quinze linhas do quê, professora? - perguntara Sarah, sem entender nada.
Sra. Stewart colocara os livros sobre a mesa. Virou-se e repetiu calmamente, como algo que tínhamos para decorar:
- Passem para o papel algum fato de suas vidas, mesmo que não tenha nenhuma importância. Sabe, acontece tanta coisa em nossas vidas. É tão bom passar histórias no papel!
Depois da aula, gostávamos de atirar bolinhas uns nos outros. Naquele dia, ninguém fez nada daquilo. Maria Clara coçava a cabeça enquanto Daniel insistia em perguntar se era para escrever à tinha ou a lápis. Tocara o sinal. Antes de sair, sra. Stewart respondera à Daniel:
- Tanto faz. Fique à vontade.
Assim foi o primeiro dia de aula da sra. Stewart. Ela nunca fazia questão das coisas na ponta da linha. Adorava dizer que é bom aprender para a vida. Como aprendemos a escrever. Foi por causa da sra. Stewart que, comecei a rabiscar coisas que sempre acontecem e acontceram em minha vida. Escrevi em um caderno e, depois em outro. O que conto aqui não passa de folhas rabiscadas, de outro relato de minha vida. No passar a limpo, emendei os erros que sra. Stewart corrigiu. Corrigi os erros mas, não modifiquei meus fatos.