23.6.12

Conta um conto, aumenta um ponto, amadurece um pouco.

    Outro dia, outra chance. Um pouco mais de safadeza, e um pouco menos de romance. Ainda sou mulher, isso não me mudou. Escolhi uma vez sentir menos e fazer mais, mas ainda sou o que sou, escolhi também não olhar para trás. Experiências ruins, experiências boas. Errando, aprendendo, nada é a toa. O que fui passou, o que existe hoje é o que sou. 
   A vida é feita de histórias. A minha, a sua, por vezes entrelaçadas, atualmente desatadas, hoje colhendo suas próprias glórias. Rimo sim, faço questão. Um dia foi tristeza, noutro foi indiferença, e hoje é lição. Escrevo o que vivo, o que não vivo, escrevo o que aprendi, o que irei aprender. Desafio de poeta, que não sabe em sua escrita mentir, e de sua escrita pretende viver. 
  Conta um conto, aumenta um ponto. Vive e deixa viver. Mas amadurece um pouco, mesmo em palavras repetidas, mesmo em palavras não ditas, aprende o que os erros ensinam a você. Trem de carga, essa existência. De parada em parada, vai ganhando carga nova, e adquirindo resistência. Aprende: o trem  atrasa toda a viagem, se empaca em uma estacionada. Emerge em ferrugem, até que não sobre mais nada.

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