Perguntas o quanto te amo.

   Pequena, bom seria poder dizer que o que sinto é amor. Mas são muitas definições, e muitas as dúvidas.

Tanta confusão em meio de certeza nenhuma.Existe o que sinto, e nisso, existe intensidade. Mas a que ponto posso afirmar que tudo isso é amor de verdade? Se o próprio amor já é um conceito um tanto utópico?

   Eu sei que acredita em contos de fada, e é tão romântica que por vezes, me deixa sem jeito. Mas como posso ser esse teu príncipe perfeito? Essa imagem carregada de expectativas, sem defeitos que sei que não posso alcançar? Sabe, eu posso até te amar. Mas não do jeito que você quer. 

   Porque estou por demasiado perdido em mim para conseguir encontrar você. O que deseja que eu possa vir a ser. Eu sou quem sou, posso mudar algumas coisas, mas não ser alguém diferente. Eu sou de carne e osso, sou gente, sou mais erro que acerto. Mas trago um sentimento em meu peito, isso é fato.

    Não sei exatamente o que é, ou exatamente quanto é. Sei que há apenas o que há. Esse incessante querer que esse nós dê certo. Há esse eu que sempre te deseja por perto. Há a minha mão na sua, meu beijo na tua boca. Há esse teu jeitinho meio louca. Há o brilho nos teus olhos pedindo por palavras bonitas em uma bela declaração, e há esse aperto no coração de não saber o que dizer. De não ser o homem que você quer e precisa. Há, apenas, esse estar meio junto, meio se querendo, meio nos precisando. Há isso que nós temos, tão sério, mas tão sem compromisso. Então quer saber? Talvez eu te ame mais do que você imagina, mas a verdade é que morro de medo disso.