História de Brisingr - Parte 2

Lia era a vizinha e melhor amiga de Jasmine. As duas se conheciam desde muito pequenas, desde quando ela havia se mudado para lá. Lia era loira e alta, sempre decidida e era isso o que Jasmine mais admirava nela.
Jasmine chegou à casa de Lia na hora certa e rapidamente chegaram até a cartomante. Lia, foi o caminho todo, explicando a Jasmine como funcionavam certas coisas nesse ramo da adivinhação, o que a deixou muito aborrecida, já que não acreditava numa palavra daquilo tudo.
Quando as duas entraram na tenda da cartomante - uma tenda toda colorida, que cheirava a incensos, no meio de um terreno baldio, com uma pequena placa de madeira escrita "Bem vindos - Cartomante Ângela" - ela foi muito gentil e amável, apesar de ter deixado Jasmine para fora enquanto consultava a sorte de Lia ( "São negócios confidenciais", ela tinha dito). Ângela era uma senhora, com cabelos longos, roupas coloridas, e um ar muito amigável e místico ao mesmo tempo.
Logo depois - não tão logo para Jasmine - Lia voltou, com a promessa de que  acabaria recebendo uma visita desejada em sua casa. Elas já estavam saindo quando Ângela disse:
- Espere! Você pequenina, não quer ler sua sorte?
- Ah... - ela estava surpresa com o convite e ao mesmo tempo envergonhada - Não, obrigada...
- Eu insisto!
E logo estavam as duas sentadas na sala da Cartomante. Jasmine totalmente a contragosto.
- Estas são cartas do Destino - disse Ângela, mostrando um baralho muito enfeitado - São raríssimas e só mostram a verdade. São poucas as pessoas para quem eu já usei isso.
Jasmine sorriu, num agradecimento mudo, não sabendo o que dizer.
A cartomante rapidamente fez a garota separar cinco cartas das outras e agora as olhava intrigada.
- A trilha. - e mostrou a carta com o desenho de uma pequena estrada que acabava em uma bifurcação - Esta carta indica um caminho importante a ser seguido, uma decisão importante. Escolha com cuidado!
Jasmine olhava descrente para o caminho na carta. Era uma sensação estranha estar falando sobre escolhas. Lembrou-se de que ela mesma tinha escolhido estar ali.
- A adaga. - uma pequena mão segurando uma faca - significa perigo, mas não diz de onde ele vem.
Por mais que não acreditasse, ela não gostou daquilo.
- Os gêmeos. - Duas figuras idênticas tirando fato de uma sorrir e outra estar séria , como  as mascaras-simbolo do teatro - significa que você encontrará uma grande alma, mas que poderá encontrar alguém com más intenções. Talvez uma traição de alguém próximo. Olho vivo!
Jasmine agora estava realmente acreditando que poderia haver algo errado. Alguma coisa na Cartomante a dizia que, tinha algo de verdade naquilo. Ângela estava começando a convencê-la.
Seu tom de voz hipnotizava Jasmine de tal forma que ela não conseguia parar de ouvir.
- O segredo - um pequeno cadeado desenhado entre os enfeites da carta - o próprio nome já diz tudo... - sua voz agora era um sussurro - um segredo, escondido por muito tempo...
Jasmine agora estava pálida
- E é apenas isso que posso lhe dizer... - disse, como se pedindo desculpa ao interesse de Jasmine , que naquele momento estava totalmente confusa. Seu ceticismo brigava com a vontade de acreditar em aquilo tudo.
- Sem dúvida, foi... Suficiente! Muito obrigada por... Ah... Você sabe...
Ângela sorria, dispensando agradecimentos
Ao sair, disse para que só sua amiga escutasse:
-Ok... Essa mulher me dá medo.
Lia sorria satisfeita.