História de Brisingr - Parte 3

Seria inútil descrever a volta das duas garotas para casa - exceto talvez, contar que elas demoraram muito tempo e se deliciaram com um sorvete, contrariando a ordem do pai de Jasmine para voltar logo - porque o que importa aqui foi o que aconteceu quando elas chegaram.
Ao chegar a sua casa, Jasmine ouviu um barulho, mas nem se preocupou, já que o pai estava lá.
- Pai? - ela chamou
E subiu as escadas procurando ele.
O barulho aumentou.
-Pai, cadê você? - ela chamou de novo.

Entrou na sala, nada. No escritório, nada. Na cozinha, nada.
Aquilo estava causando uma sensação ruim, como um pressentimento ruin. Resolveu ir para o quarto dele.
E se arrependeu muito.
Quando abriu a porta, conteve um grito, tomada pelo pavor. Não era seu pai que estava fazendo o barulho, mas sim o vulto que a observava em seu sonho. E era real.

Agora seu rosto não estava oculto pelas sombras e ela podia vê-lo. Não era um rosto feio. Mas assustava. O que a assustava eram todos os sentimentos ruins que passavam pelos olhos dele.
- Olá garotinha - disse o vulto, com uma voz tão horrível, que deixou Jasmine arrepiada - eu estava a sua procura, Jasmine.
- Quem é você? E como sabe meu nome?
- Isso não importa agora - respondeu o homem, como se fosse um lobo atrás de uma caça, e inesperadamente, com uma rapidez indescritível agarrou-a.
Jasmine estava desesperada, tentando se soltar.
Foi aí que aconteceu algo fantástico:
O pingente de sua mãe se iluminou, e incrivelmente o vulto foi jogado para o chão, mas levantou novamente e logo a atingiu com força, sem o colar se iluminar dessa vez.
Ela foi aos poucos perdendo os sentidos, e logo tudo pareceu escurecer.