aqui, nada de mim.

Ela tinha cometido um pecado. Tinha sido possuída por seu orgulho. Toda ela era soberba. Não se rebaixaria, não de novo . E quem poderia culpá-la? Antes daquilo, a garota simplesmente não existia mais. Um nada. Então ela lutou. Lutou contra quem lhe roubava a vida. Sim. Lutou de cabeça erguida, tirou as máscaras uma por uma, e pecava: se orgulhava disso. Queria ser feliz. No fim das contas, tudo o que tinha era a si própria e alguns amigos mesmo. Então decidiu que não desistiria. Tentava recuperar uma vida roubada. Não era um pecado injustificável.
Então, vamos apenas esquecer a perfeição. Ela não foi feita para mim. Não foi feita para você. Cometemos ao menos um erro por dia, e vamos cometer um erro a menos hoje: não julgaremos antes do fim. Pois a garota não era vil. Pecava com o coração. Havia benevolência em seu pecado. E ela era generosa. Preocupava-se com a sinceridade e não com riquezas. As aparências já tinham sido gastas há algum tempo. Preferia não amar, a um amor incompleto. Perdoava. Ela se perdia e se doava muitas e muitas vezes, sem egoísmo. Por isso tinha derrubado todas as mascaras e se levantava. Já tinha perdoado tantas vezes quanto tinha sido desprezada. Agora, tinha que cuidar de si própria. Queria ser digna, pelo menos uma vez. E em seu erro disfarçava-se a pureza: ela era apenas um coração cansado cuja soberba era apenas o querer a mais simples forma de estar viva - o amor.