Far, far away.

A garota rabiscava palavras. Era sua profissão. Naquele dia, tentava se localizar, de algum modo. Não podia.
- Estou perdida - disse ela para o velho senhor. Não esperou que o velho viajante respondesse, mas ele disse em tom de voz sério:
- Para onde queres ir?
- Preocupa-me muito pouco aonde ir.
- Então pouco importa o caminho que sigas.
- Está frio. Perco-me facilmente. Não consigo me achar todas as vezes.
- Qualquer pessoa de valor consegue ser consciente de seu próprio ser. Você vai se localizar.
- Mas como? Como seguir? Meu valor me foi tirado, assim como aquilo que eu amava. Sou uma segunda opção até para mim mesma. Não sei quem sou. Pelo menos acho que sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas tenho mudado muitas e muitas vezes desde então. Estou sozinha. Nem mesmo as palavras parecem minhas.
- Ninguém além de você mesma pode ajudar. Se quer uma mão para se erguer, use a sua própria. Confie em mim. Pode levar minutos, anos - levará o tempo necessário - mas você vai se achar. Um dia quando abrir os olhos verá que não está sozinha.
A menina agradeceu, e ambos os viajantes caminharam sem se preocupar. O velho senhor não estava errado. A garota não estaria perdida ou sozinha outra vez.

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senhoras e senhores que acompanham o blog, finalmente, comecei a por em prática algumas mudanças que planejei antes. Não vou postar APENAS contos, mas outros textos curtos e variedades também - a postagem do conto será postava uma vez por semana, provavelmente toda sexta ou algo assim. As postagens estãos sem dias fixos ainda, mas, em breve vou organizar uma agenda melhor. É isso.